O terrorismo machista tem incontáveis formas de se manifestar e como tal, também múltiplas maneiras e espaços desde onde o podemos combater.
O desporto é o espaço que a Liga Gallaecia escolheu e a prática mista e inclusiva, a nossa particular maneira de contribuír a debilitar o Patriarcado.
E é que a nossa Liga tem umha tarefa que vai muito para além da própria prática desportiva. No dia a dia da Liga Gallaecia estamo-nos a demonstrar que o género nom age como eixo da diferença, que todas e todos somos diversas na individualidade para igualar-nos na coletividade. Interagimos, cooperamos, complementamo-nos e coordenamos capacidades individuais para que o verdadeiramente importante seja o resultado coletivo.
É assim que chegamos a comprovar na prática a falsidade dos preconceitos que nos atribuem às mulheres menos capacidades físicas que os homens, ou capacidades muito diferentes que impossibilitariam umha competiçom mista justa. Constatamos como vamos desprendendo-nos de velhas atitudes machistas ao tempo que detetamos outras novas e mais subtis e trabalhamos por erradicá-las. Aprendemos a automatizar o respeito como atitude básica no relacionamento social. E nom menos importante, construímos um espaço de auto-proteçom, de convívio e de divertimento fundamental para manter o ánimo e resistir ao terrorismo machista desde todos os outros espaços.
Eis que vamos deixando de ver a jogadora mulher ou o jogador homem, para simplesmente ver pessoas, passo imprescindível para construír umha sociedade igualitária.