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Seguimos sumando equipas, seguimos creando desporto popular!

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Seguimos sumando equipas, seguimos creando desporto popular!
Nom deixes de jogar ao futebol gaélico na tua comarca:
A Corunha Cascarilha Futebol Gaélico
As Marinhas Fanecas Bravas
Eume Fusquenlha Gaelico
Lugo Torques De Lugoslavia Futebol Gaélico
Sárria Buril
Compostela Suevia Futebol Gaelico
Ourense Afiadoras Futebol Gaélico
Vigo Ambílokwoi Futebol Gaélico
Condado Condado gaélico
Baixo Minho Grovios Futebol Gaélico

Contata com nós: http://www.ligagallaecia.org/contacto/

25 DE NOVEMBRO DIA CONTRA O TERRORISMO MACHISTA

O terrorismo machista tem incontáveis formas de se manifestar e como tal, também múltiplas maneiras e espaços desde onde o podemos combater.

O desporto é o espaço que a Liga Gallaecia escolheu e a prática mista e inclusiva, a nossa particular maneira de contribuír a debilitar o Patriarcado.

E é que a nossa Liga tem umha tarefa que vai muito para além da própria prática desportiva. No dia a dia da Liga Gallaecia estamo-nos a demonstrar que o género nom age como eixo da diferença, que todas e todos somos diversas na individualidade para igualar-nos na coletividade. Interagimos, cooperamos, complementamo-nos e coordenamos capacidades individuais para que o verdadeiramente importante seja o resultado coletivo.

É assim que chegamos a comprovar na prática a falsidade dos preconceitos que nos atribuem às mulheres menos capacidades físicas que os homens, ou capacidades muito diferentes que impossibilitariam umha competiçom mista justa. Constatamos como vamos desprendendo-nos de velhas atitudes machistas ao tempo que detetamos outras novas e mais subtis e trabalhamos por erradicá-las. Aprendemos a automatizar o respeito como atitude básica no relacionamento social. E nom menos importante, construímos um espaço de auto-proteçom, de convívio e de divertimento fundamental para manter o ánimo e resistir ao terrorismo machista desde todos os outros espaços.

Eis que vamos deixando de ver a jogadora mulher ou o jogador homem, para simplesmente ver pessoas, passo imprescindível para construír umha sociedade igualitária.

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Entrevista a Grovios F.G.

A seguir, publicamos a entrevista que realizamos às Grovi@s do Baixo Minho, nova equipa que se soma à Liga Gallaecia. Bem-vindas!grovios

1. Como conhecestes o futebol gaélico?

A Liga Gallecia está ligada aos movimentos sociais e a diferentes centros sociais do país, conhecemo-la através deles já que há gente que participa do movimento. Outra gente conheceu o gaélico pelo C.S. Fuscalho, e incluso algumhas pessoas do Baixo Minho e jogadoras da equipa jogárom e jogam noutras equipas da Liga.

2. O que vos levou a participar da Liga Gallaecia?

O facto de que seja mista e esteja vinculada aos movimentos sociais. Entendemos que os valores que a Liga defende encaixam cos nossos princípios tanto a nível individual como coletivo.

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3. Como de custoso foi criar umha equipa no Baixo Minho, umha comarca marcada pola emigraçom e a mobilidade juvenil?

Começamos a treinar em fevereiro de 2016, levando um ano e meio já praticando embora nom ingressamos na Liga, imaginai o custoso que está a ser (risos). Foi custoso e está a sê-lo mas na atualidade contamos com gente implicada na equipa, que acode com regularidade aos treinos e está disposta a participar da Liga. De todos jeitos factores como a emigraçom, a situaçom laboral, a populaçom dispersa, a ruralidade da comarca ou que a juventude se veja obrigada a deslocar-se para estudar dificultam e reduzem a quantidade de gente que está disposta a participar em projetos deste tipo.

4. Tivo algumha influência o movimento associativo do Baixo Minho na criaçom da equipa?

Totalmente, de facto a formaçom dumha equipa no Baixo Minho surgiu dalgumhas das participantes do C.S Fuscalho. Posteriormente, foi-se unindo gente tanto do C.S como de fora dele. Graças à criaçom da equipa também se somou gente a conhecer e participar do movimento associativo e do C.S.

5. Como valorades o resultado alcançado na Taça Gallaecia, na vossa estreia oficial como equipa da Liga Gallaecia?

Mália as consideráveis derrotas atingidas contra as Torques e Afiadoras, ganhamos contra Ambilokwoi, umha equipa consolidada e com duas taças no seu poder, entom varolamo-la como positiva. Debutamos no campo, foi umha útil aprendizagem e vimos como funcionamos como equipa e coletivamente. Foi umha ferramenta para poder ver e valorar os nossos erros e virtudes coma equipa e individuais, e para preparar-nos de cara à participaçom na Liga na Próxima temporada.

6. Que perspetivas tem Gróvios F.G. para a temporada 2017/2018?

O nosso principal objetivo é jogar na Liga, crescer como equipa e que se siga somando gente a Grovi@s. Desfrutar jogando e adestrando, conhecer a gente nova e ver como funcionam os movimentos e os centros sociais doutras partes do país.

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7. Que importáncia tem para vós este tipo de projetos de caráter misto e popular?

Fomentar a participaçom num desporto que nom é maioritário. Tanto a equipa coma a Liga funcionam da maneira da que gostaríamos que fosse o mundo: de jeito auto-gerido, assembleário, com respeito mútuo, valorando os cuidados e afectos ou a nom competitividade entre outras. Isto também é positivo já que serve como ponte para que gente alheia a este funcionamento o conheça e se some.

O facto de que seja mista é um jeito de acabar coa segregaçom a que estamos acostumadas no mundo do desporto. Aliás, é umha Liga que nom fai discriminaçom, onde todo o mundo é bem-vindo e cuida os espaços de cuidados e sociabilizaçom.

8. Como foi o proceso de inclusom na Liga Gallaecia, foi fácil? Recebestes ajuda?

Convidamos a gente da Liga Gallaecia a participar em diferentes jornadas organizadas por nós e a resposta que obtivemos foi positiva e colaboradora. Aprenderom-nos como funciona a Liga, como se joga ao futebol gaélico e a maneira de criar umha equipa. De aqui surgírom amizades que facilitárom a nossa entrada. Também fomos convidadas e participamos em diferentes jornadas. A Liga contou connosco para algumha gestiom e atividades. Sentimo-nos intregadas.

9. Algumha consideraçom mais que nos queirades comentar?

Estamos aguardando a que se convoque um curso de arbitragem pois precisamos de formar-nos neste campo antes de entrar na Liga.

Obrigadas Gróvi@s e sorte para a próxima temporada!

Comunicado da Liga Gallaecia ante os factos acontecidos à volta do despejo do CSOA Escárnio e Maldizer

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Ante os feitos acontecidos este sábado nas ruas de Compostela, a Liga Gallaecia queremos expor a nossa solidariedade absoluta com todas as pessoas magoadas e feridas pola polícia espanhola e a nossa solidariedade e apoio também, com as pessoas detidas e identificadas até agora desde o começo dos atos solidários com C.S.O.A Escárnio e Maldizer.

Som muitos os motivos que nos movem para sair às ruas, a situaçom política, económica e social, que vive o nosso país e em especial a nossa mocidade nom é para menos…

Neste caso o ataque ao associacionismo sentimo-lo como um ataque aos nossos cimentos, um ataque direito a nós mesmas, pois é a nossa razom de existência, a nossa liga está construída sob os mesmos princípios de solidariedade, igualdade e justiça social que derom vida à Rua Algalia de arriba desde há 4 anos. Como a nossa liga, um espaço pensado por e desde a ótica popular, rachando com os esquemas do capital do que deve ser umha liga, rachando com o que deve ser um edifício abandonado. Nós dizemos basta à especulaçom imobiliária, nós dizemos basta a que o desporto continue a ser umha ferramenta mais de acumulaçom de capital.

É o modelo que optamos para subsistir sem nengum tipo de ajuda institucional nem prestaçom de nengum tipo de facilidades para exercer o nosso desporto, e é através dos movimentos sociais coletivos e individuas que formam parte deles que conseguimos espaços para exercê-lo, um desporto que questiona e critica o modelo atual, e reivindica espaços coletivos para trabalhar de umha outra forma paralelamente à que se nos impom, para mudar esta realidade.

Todo isto, com as suas diferenças, representa cada um dos locais e centros sociais que formam o nosso país, algum mais vinculado com a nossa liga outros menos, mas igual de imprescindíveis para cambiar a nossa sociedade.

A nossa atitude em todo momento foi, é e será a de defender cada um deles de qualquer tipo de agrávio, assim todo, mobilizaremo-nos da mesma forma que o fizemos este sábado.

Além disso, denunciamos a atitude das instituiçoms cúmplices do acontecido com Escárnio e Maldizer assim como os distúrbios ocasionados pola polícia nas ruas de Compostela estes dias empregando como única ferramenta a violência contra as vizinhas e pessoas que solidárias, sabem da importância do trabalho social que o Escárnio constrói em Compostela.

Também denunciamos o silêncio cúmplice dos coletivos institucionais que nom fai mais que tentar ocultar o alto falante que é a gente nas ruas estes dias, esperando que todo fique calmo.

Contra a sua incapacidade para fazer-nos calar, de rachar os nossos sonhos e de matar os nossos espaços, seguimos a gritar, 10, 100, 1000 Centros Sociais. Porque quitam-nos um espaço, mas nom as ânsias de seguir construindo-os.

Escárnio somos todas!

Entrevista a Chris Boyle

Entrevistamos a Chris Boyle, jovem de 24 anos nado em Belfast, Irlanda e ex-jogador do Ambilokwoi F.G. de Vigo.

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O que é para ti o futebol gaélico?

Para mim o futebol gaélico é um desporto, mas, além disso, é muitas mais cousas. É umha expressom da cultura do nosso povo. O futebol gaélico sempre foi para mim e para muita gente o desporto popular do meu país, para muitas comunidades o clube da GAA é o centro de atençom da vila, mais que desporto: música, dança, iniciativas sociais, língua, um ponto de referência.

Slaughtneil em Derry, por exemplo, é umha zona que quer converter a sua populaçom numha zona de fala irlandesa por influência do desporto e desta equipa.

No meu caso, os meus melhores amigos figem-nos no mundo do futebol gaélico, tanto no meu clube como no da escola, e também doutras equipas que praticavam hurling. Por sorte eu som dum condado com umha grande tradiçom de gaélico. O An Dún é a minha equipa e todas queremos levar a camisola do nosso condado.

Quando começas a jogar ao futebol gaélico?

Comecei a jogar aos sete anos no meu clube St. Michaels, mas só comecei a competir aos 10 (nessa época jogávamos misto) animado polo meu pai e meu avô, que era fanático do gaélico e da cultura irlandesa em geral.

Algo mui típico para as crianças de aqui é jogar no clube local porque normalmente estudam e treinam na escola local. Porem, eu vejo muita transformaçom no desporto nos últimos anos. Eu lembro que há 15 anos ainda podias ver jogadores com bandulho ou que tomavam pintas antes de jogar, mas hoje é quase impossível, até na minha equipa as cousas som um bocado mais profissionais agora. Eu acho que em idades temperás as crianças tenhem de ter liberdade para irem experimentando o desporto e melhorando conforme corresponda à sua idade, mas entendo que passa o mesmo com a gente nova no futebol británico… A mesma sociedade e as equipas fam-se cúmplices do sistema e intenta-se deixar cada vez mais de lado a parte desportiva e a pessoal, valorando mais a competitiva, o rendimento (ao compasso da cultura capitalista que envolve o mundo atual).

Quando e como descobres o futebol gaélico na Galiza?

Em outubro de 2013 e com muita sorte! Correndo no parque de Castrelos, em Vigo, achei um grupo de raparigas e raparigos juntas treinando, e acheguei-me a falar com elas, pois acolherom-me muito amavelmente. Na verdade é que foi gratificante e emotivo, para mim, ver a gente noutras terras jogando gaélico.

Algumhas cousas eram diferentes (também estavam começando a conhecer o jogo) respeito do que eu estava acostumado a treinar e jogar em Irlanda, mas também gostava muito porque o treino era mais baseado em praticar coa bola e exercitar as habilidades fundamentais, algo que na Irlanda nos últimos anos é cada vez menos importante segundo muitos treinadores.

O que é que pensas quando vês que esse futebol gaélico que se praticava na Galiza era misto?

Realmente ao princípio foi algo raro, mas depois de desputar o meu primeiro jogo mudei totalmente a minha forma de ver as cousas. O futebol gaélico nunca foi misto na Irlanda (ou mui poucas vezes, apenas em categorias base ou competiçom de veteranas) polo que foi algo novo para mim, mas comecei a jogar e a desfrutar desse modelo desportivo. A GAA em Irlanda, ainda que seja umha organizaçom que governa os deportes populares, tem que mudar muito com respeito às questons de género, já que ainda existem muitas atitudes patriarcais, por isso sigo emocionando-me com o aprendido e o trabalho da Liga Gallaecia, rompendo os estereótipos e os roles de género, construindo algo muito especial, distinto e sem dúvida revolucionário, como tem sido o início deste desporto na Irlanda nos seus começos.

O que achas sobre o desporto misto?

Tenho muito claro que precisamos igualdade em todos os ámbitos da vida e isso implica que no desporto também, mas aqui -no eido desportivo- ainda existem muitos prejuízos de género, se calhar mais que noutros ambientes da vida quotidiana, além da existência também do racismo e da homofobia. Temos que mudar e rachar de vez com eles. A Liga Gallaecia acho que é o exemplo perfeito.

Por isso é importante mudar antigas formas de pensar. Eu nom me considero mais capaz do que umha mulher no deporto que seja, e nos jogos tampouco me fixo contra quem compito. Toda vez que a bola está em movimento só existem camisolas dumha equipa ou doutra. Umha cousa da que gosto muito na Liga Gallaecia é que nom trocam o regulamento para as mulheres como se faz em Irlanda. Com efeito, essa medida nunca a cheguei a compreender; ao meu ver, é umha forma de discriminar às mulheres, umha forma clara de machismo que também tenho de dizer que nom só passa no futebol Gaélico.

Vês no gaélico umha ferramenta política no nosso País como também o foi na Irlanda?

Claro que considero o desporto umha ferramenta política. na Irlanda muita gente quer esquecer-se da história, mas a GAA foi muito importante durante a Guerra da Independência, (naquela altura organizárom-se muitos jogos para ajudar as famílias dos presos e as presas republicanas). Hoje em dia nom há nada disso, mas na primeira parte do século XX a GAA também foi imprescindível para proteger a nossa cultura e identidade como Irlandesas, e por suposto como ferramenta política contra ingleses e unionistas.

Parece-me muito interessante que na Liga Gallaecia haja tanta consciência social e política. Isso é algo que na Irlanda perdemos substancialmente dentro do futebol gaélico, mas também há que reconhecer que a situaçom complicou-se nos últimos anos com a direçom que está a tomar a GAA, cada vez mais próxima do futebol empresa mais que desportivo-social, como já comentava antes… O sistema capitalista degenera tudo por onde passa e desgraçadamente o futebol gaélico nom é alheio à corruçom deste sistema que antes combatíamos jogando, e que vós agora também fazedes na Galiza.

Por isso gosto tanto e vejo-me tam identificado convosco e a vossa Liga. A Liga Gallaecia é umha associaçom que destaca temas muito importantes e criou um grupo muito consciente no que poder aprender e ensinar entre todas, política, social e também culturalmente.

O que opinas da Liga Gallaecia?

A Liga Gallaecia é um projeto muito grande, que está a intentar construir algo novo inclusivo, e como dixen antes, tem muito mérito porque é umha associaçom verdadeiramente popular, criada e levada avante com o esforço de todos os seus membros sem distinçom de género. É algo muito especial que nunca encontrei na Irlanda, na que a gente e os valores que movem a associaçom da Liga é tam importante como o desporto e a competiçom. Encanta-me também a atitude das jogadoras: claro que é importante ganhar, mas também é importante compartir depois dum partido impressons, tomando algo as equipas juntas no que se chama o Terceiro Tempo.

Que é do que mais gostas da Liga Gallaecia?

Muitas cousas mas fico com a oportunidade de praticar futebol gaélico em Galiza e conhecer a muita gente linda ao longo destes três anos. O descobrimento do gaélico aqui foi muito importante para mim e a melhor forma de integrar-me na cultura e na gente deste país.

E por suposto nom podo falar da Liga Gallaecia sem remarcar, o que já antes passei por acima: o Terceiro Tempo, que foi também algo novo para mim e algo do que gostei muitíssimo porque na Irlanda nom há cultura disso, ou mui poucas vezes há -o mais normal era tentar matar o árbitro ao fim do partido, nom fazer um Terceiro Tempo todas juntas-. Eu hoje graças a vós vejo-o imprescindível. E também quero destacar nesta liga como a gente sabe jogar competitivamente e também desfrutar e a deixar a rivalidade no campo.

Com qual das equipas ficarias se tivesses de escolher?

Ambílokwoi sempre! Isso nunca o poderei cambiar, apesar de ter mui boas amigas noutras equipas!

Algum conselho que nos podas dar à Liga?

O único conselho que tenho é o de seguir fazendo as mesmas cousas no plano desportivo e social da Liga. Malia os impedimentos que vos podam pôr de Irlanda a GAA acho que estades a fazer umha bonita história neste desporto.

Falando mais do desporto é importante sempre ver o gaélico na televisom ou na internet, gravar jogos, mirar as manias e erros, para corrigi-los e continuar a treinar praticando sempre com a bola.

Ia dizer que é importante animar a mais gente, mas vejo que existem cada vez mais equipas no País e umha organizaçom fantástica, polo que estou seguro que com o tempo seguirá a crescer.

Muito obrigadas.

Entrevista a Sara Reboredo no Notícias Vigo

Reproduzimos a seguir a entrevista feita polo portal web noticiasvigo.es à jogadora do Ambilokwoi Sara Reboredo:

 

“Para comezar a entrevista. Poderías contármonos de onde veu a motivación para xogar ao Fútbol Gaélico?

saraA verdade é que foi de casualidade, eu nunca escoitara falar do fútbol gaélico; unha amiga descubriu a equipa en Vigo e comezou a xogar con eles, convenceume para ir probar a adestrar, e ao final encantoume.

– Que é para ti a Liga Gallaecia, cantas equipas a forma?

Para min é un medio para facer deporte, coñecer xente nova e sobre todo pasalo moi ben. Agora mesmo está formada por 6 equipas, Ambílokwoi de Vigo, Suevia de Compostela, Afiadoras de Ourense, Torques de Lugoslavia de Lugo, Condado de Salvaterra e Cascarilha da Coruña; pero hai unha equipa da Guarda e outra en Pontevedra que están en proceso de unirse tamén, esperamos contar con eles para a tempada que ven xa.
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– Que é para ti o Ambílokwoi?

Somos unha pequena gran familia. Nesta equipa coñecín a xente que máis que compañeiros de xogo xa son amigos, dos de para toda a vida.

– Porque escolliches o Gaélico mixto?

Gústanme os valores que defende, podemos xogar perfectamente xuntos homes e mulleres, cas mesmas normas e condicións. Por exemplo, no fútbol gaélico feminino utilizan balóns mais pequenos, e regras diferentes de xogo ás do masculino: as mulleres poden coller o balón directamente do chan coas mans, mentres que os homes o teñen que levantar co pé.E non considero que sexa necesario facer esas distincións, xa que somos igual de capaces de facelo.

– Tedes moitas trabas para poder practicar este deporte?

Máis que trabas, non temos recoñecemento. Agora que o gaélico está en auxe na Galiza e empeza a saír nos medios de comunicación, nunca se fala da nosa liga en ningures.

– Cres que é un deporte difícil?

Ao principio pode parecelo, pois ten moitas normas. Combina moitas características doutros deportes, como o bote de baloncesto ou o paso de voleibol; pero unha vez lle colles o truco non é tan complicado. Coma todo, con práctica se consigue.

– Que cargo desenvolves dentro da túa equipa?

Agora mesmo son a capitá e presidenta, en substitución das anteriores capitá e presidenta que están ausentes.

– Existe compañeirismo e bo ambiente entre as xogadoras e xogadores da túa equipa e en xeral na Liga Gallaecia?

Tanto na nosa equipa, coma na liga hai moi bo ambiente, a rivalidade queda no campo.

– Poderías explicarnos os distintos “tempos” que existen no Futebol Gaélico?

Pois están o 1º e 2º tempo, que son a primeira e segunda parte do partido. E despois temos o 3º tempo, no que ao rematar, as equipas xúntanse despois de xogar, para comer e beber algo e confraternizar entre elas. Normalmente o terceiro tempo organízao a equipa local.

– Que é o máis salientábel da Liga Gallaecia?

Creo que aparte do bo ambiente que temos entre as equipas, o carácter mixto da liga é o mais salientable. Ademais, ás veces organizamos xornadas conxuntas nas que xogamos tódalas equipas e que coincide co Entroido en Ourense, por exemplo, ou no San Froilán en Lugo. Así, alén de facer deporte, tamén aproveitamos as festividades galegas por todo o país.

-Que destacarías do Ambílokwoi que non teñen outras equipas da Liga Gallaecia?

Pois a parte de ser os campións dos terceiros tempos, destacar tamén as nosas seareiras, que nos acompañan a todos os partidos e son una parte máis de Ambílokwoi.

– Como te sentes cando gañas un partido, e cando perdes?

Coma en todo hai que saber gañar, e saber perder. Está claro que xogamos para intentar gañar, e para iso adestramos , pero o obxectivo principal é pasalo ben.

– Cales son os teus obxectivos individuais como xogadora do Ambílokwoi?

Pois este ano intentar recuperar o trofeo da Liga Gallaecia, que foi noso durante dous anos consecutivos, e o ano pasado gañárono os do Condado.

– Cales son os teus obxectivos a conseguir como membro da Liga Gallaecia?

Intentar que a nosa liga saia adiante e que o número de equipas vaia crecendo polo país. E tamén teña mais recoñecemento e que se dea a coñecer.

– Que lle dirías á xente que ten curiosidade por este deporte?

Que se animen a xogar, que todo o mundo que proba se queda.

-Que días adestrades?

Estamos adestrando soamente un día a semana, os luns ás 9.30 da noite, pero estamos intentando
organizarnos para adestrar dous. Agora os adestramentos son en Mos, mais sempre organizamos coches dende Praza América ou a Praza dos cabalos para ir ata o campo.

-Algo máis que nos queiras destacar?

Pois insistir en que a xente se anime a probar, que ademais de coñecer un deporte novo, coñecerán ás persoas tan marabillosas que formamos parte desta liga.

Moitas grazas por dedicarnos o teu tempo, esto é o Fútbol Gaélico, Noticias Vigo estará dando cobertura para ir dando a coñecer este deporte fermoso.”