A competiçom mista de futebol gaélico, orgulho entre o desporto de base do nosso país, gravou para a memória dos tempos o nome da Ambílokwoi de Vigo, cujas valentes jogadoras conseguírom erguer o troféu que as acreditava como vencedoras da competiçom após X jornadas de intensa liça desportiva.
No passado sábado, dia 28 de junho, as ondas do mar rompiam com força nas rochas próximas ao campo da rata quando as jogadoras do Torques de Lugo começavam a chegar aos relvados da Torre de Hércules para disputarem o penúltimo jogo da competiçom contra a equipa anfitriá, a Cascarilha.
Um sol orgulhoso aparecia no céu corunhês para banhar de luz um ervado ainda húmido polas chuvas do dia anterior quando o árbitro punha a bola em andamento diante de 22 jogadoras dispostas a um último esforço antes de fecharem a competiçom, embora nengumha das duas tivesse nada em jogo quanto o que diz respeito do posto na classificaçom.
Já com a batalha desportiva em curso, começava disparando a golo a Cascarilha até em 3 ocasions quando, numha jogada de combinaçom e contra-ataque, o Torques chegava até a área defendida pola equipa da Corunha para empurrar a bola até o fundo das redes. Após este primeiro golo, fôrom chegando a cada vez mais internadas lucenses que, com um jogo técnico e limpo, figérom gala da efetividade que caracteriza à equipa das muralhas ao tempo que umha sólida defesa impedia a materializaçom das jogadas que protagonizava a Cascarilha.
Terminava assim o primeiro tempo com um resultado de 17 a 1 dando passo a umha segunda parte em que as jogadoras do Cascarilha iriam ganhando espaço e chegadas até a área lucense num jogo de máxima beleza desportiva que terminaria com um marcador de 11 a 8 favorável à equipa de Lugo.
O árbitro apitava o final do jogo e anotava o resultado final de Torques 28, Cascarilha 8.
Abraços e sorrisos aparecérom no terreno de jogo mostrando a camaradagem que representa esta competiçom para darem passo agora ao decisivo encontro que mediria as forças das Afiadoras e da Ambílokwoi, que chegava à Corunha com opçons de ganhar a liga.
A Suévia, que nom jogava nesta jornada, era a líder da competiçom com umha vitória e um jogo mais do que a equipa de Vigo. É por isto que a equipa da ria precisava ganhar para empatar a pontos no topo da classificaçom e melhorar a diferença de golos no cômputo geral para erguer o troféu.
A calor apertava ainda mais quando o relógio marcava as 17h00 e as jogadoras de Ourense e Vigo desenhavam sobre o campo de jogo diferentes estratégias posicionais.
A bola era lançada ao céu e o cronómetro era posto em andamento para medir o último jogo desta liga.
Durante os primeiros minutos as ocasions chegavam de um e outro lado sem que nengumha das duas equipas consegui-se inaugurar o marcador até que Vigo, provavelmente a equipa mais física da competiçom, abria a conta para ir, a cada novo golo, arranhando um pouco mais o troféu.
A oposiçom das afiadoras foi intensa durante todo o encontro materializando jogadas e golos de alta qualidade porém, as jogadoras da Ambílokwoi conseguiam que o resultado final se decantasse a favor da equipa olívica com um 14-10 (52), 5-5 (20).
Passavam uns minutos das 18h00 quando o árbitro apitava o fim do último dos jogos desta já histórica primeira competiçom mista e as jogadoras de Vigo começavam a celebrar o título conseguido arroupadas polos aplausos da Cascarilha, Afiadoras, Torques, representantes da Suévia e todas as entusiastas seguidoras Cascarilheiras.
Numha última jornada de enfarto, e a razom deste resultado, a Suévia terminaria empatada a pontos e subcampiá da Liga, seguida dos Torques, Afiadoras e Cascarilha.
Houvo tempo para celebraçons e companheirismo nos campos da torre enquanto a rua Marconi anunciava a festa desde o Centro Social Gomes Gaioso que abria as portas para ir recebendo às jogadoras e simpatizantes das equipas nos já conhecidos terceiros tempos.
Música, petiscos com alternativas veganas, festa e um espetáculo de Isabel Risco dêrom início a umha alegre jornada em que Vigo conseguiu gravar o nome das suas jogadoras como primeiras vencedoras desta competiçom que punha o ponto final a um primeiro ano de alegrias e reconhecimentos sociais.
A madrugada apareceu e os repórters deste meio deixamos às protagonistas do jogo desfrutarem da festa e do convívio aproveitando estas linhas agora para darmos os parabéns à equipa ganhadora e despedimos a competiçom até a próxima ediçom com o desejo de que novas equipas continuem nutrindo de camaradagem e desporto de base o território nacional galego.
Avante com a Liga Gallaecia.
Crónica do Diário Liberdade